Alzheimer- a doença do novo poder "socialista" autárquico

" “O PS não está contra o centro desportivo, mas sim a construção de um golfe”

O secretariado da Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista (PS) teceu uma série de críticas à gestão camarária de Duarte Silva, e em concreto aos projectos do arranjo do “Quebra-Mar” e Parque Desportivo de Buarcos.
Sobre este última, o líder do PS, António Paredes, questiona por que motivo a autarquia não realizou um estudo de impacto ambiental para o local em causa.
António João Paredes e o deputado à Assembleia da República socialista João Portugal, acompanhados por outros elementos e autarcas locais dessa estrutura política figueirense, visitaram na passada quarta-feira o local onde será implantado o futuro Centro Desportivo de Buarcos (CDB).
O processo do Parque Desportivo de Buarcos “merece uma atenção especial”, isto porque, disse António Paredes, “a autarquia lançou o concurso, adjudicou a obra e um concorrente excluído apresentou um processo em tribunal”, além de que “o processo de expropriação dos terrenos onde será implantado o golfe e infra-estruturas anexas mereceu também processos em tribunal.”.
Explanando as suas afirmações, disse que “os terrenos em causa abrangem as reservas Ecológica e Agrícola nacionais e, mesmo assim, não se realizou qualquer estudo de impacto ambiental, o que poderá levar à anulação do concurso”. Aida Cardoso, por seu lado, disse que a lei obriga num qualquer projecto similar o referido estudo desde que “ocupe uma área de 50 hectares. Neste caso, o CDB vai ocupar 49 hectares”, estranhando a situação.
António Paredes garante que “o PS não está contra o centro desportivo, mas sim a construção de um golfe. Temos é de dar à população infra-estruturas que eles possam usar”.
O grupo ‘rosa’ aludiu ainda à gestão camarária de Duarte Silva, afirmando António Paredes que “trata-se apenas de projectos megalómanos numa arte de iludir os figueirenses quanto à sua incapacidade e má gestão política”.
Sublinha que “a autarquia tem um défice de 61 milhões de euros, tendo crescido quase 300 por cento desde 2001, valor ao qual se acresce a dívida das empresas municipais, o que faz crescer o montante global da dívida para uns imparáveis 86 milhões de euros. A dívida de curto prazo cresceu 1330 por cento desde 2002, ou seja, passou 2,3 milhões de euros para 32,9 milhões de euros e isto porque a Câmara não paga aos fornecedores, subsidiando-se com esta dívida”, conclui o líder do PS figueirense."

Texto retirado do "Figueirense" , 01/09/2006